Adolescente é esfaqueado em escola no Gama

Adolescente foi esfaqueado por dois colegas dentro de uma escola pública do DF na tarde desta segunda-feira (31/3)

Adriana Correa

Estudante de 16 anos é esfaqueado dentro de escola no Gama; agressão foi filmada

Um estudante de 16 anos foi esfaqueado por dois colegas dentro do Centro de Ensino Médio 01 (CEM 01), no Setor Leste do Gama, na tarde desta segunda-feira (31/3). A agressão foi registrada em vídeo e mostra o adolescente com a camisa ensanguentada ainda dentro da escola. Em razão do ataque, as aulas do turno vespertino foram suspensas.

As imagens obtidas pelo Portal Capital mostram o jovem de costas, com a blusa manchada de sangue. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o adolescente recebeu atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi encaminhado ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Ele sofreu quatro golpes de canivete nas costas. A arma foi apreendida.

Entenda o caso

Segundo informações preliminares, os dois adolescentes envolvidos imobilizaram a vítima e desferiram os golpes após uma discussão. Um segurou o estudante enquanto o outro o atacava com o canivete, dentro das dependências da escola.

Ambos os agressores foram apreendidos pela PMDF e conduzidos à Delegacia da Criança e do Adolescente I (DCA I), onde responderão por ato infracional análogo à tentativa de homicídio.

Resposta oficial

Procurada, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) informou, por meio de nota, que a escola prestou socorro imediato, acionou o Corpo de Bombeiros e comunicou as autoridades competentes. A pasta também destacou:

“A SEEDF reforça seu compromisso com a segurança e o bem-estar dos estudantes e seguirá intensificando ações voltadas à Cultura de Paz e à mediação de conflitos no ambiente escolar”.

Reclamações de moradores

Moradores da região relataram ao Metrópoles a ausência de policiamento efetivo nas imediações da escola. Segundo eles, o tráfico de drogas ocorre de forma escancarada nas proximidades da unidade de ensino.

“Vai ficar uns dois dias com viatura por aqui, depois some. Tem tráfico aqui na frente, tem de tudo”, afirmou um morador que preferiu não se identificar. Ele ainda criticou a falta de ação contínua por parte das autoridades e classificou a presença policial como reativa e temporária.

Outro morador destacou a perda da reputação da escola, que antes era considerada referência. Segundo ele, a atual gestão tem falhado em aspectos fundamentais, como o controle de acesso:

“A escola não exige o uso obrigatório de uniforme. Os estudantes receberam, mas entram como quiserem. Nem professor, nem funcionário tem segurança. Muitos têm medo dos próprios alunos”.